Por que o feijão está tão caro?


O feijão é um dos itens da cesta básica mais consumidos diariamente pelos brasileiros. Logo, quando seu preço sobe, é uma preocupação e tanto para todos que usam a leguminosa na sua dieta e, também, para os produtores.

O preço do quilo do feijão subiu tanto que ultrapassou o do café. Em alguns estados, o valor da saca (60kg) do feijão está custando R$ 550, enquanto a do café está cerca de R$ 480, segundo dados do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe).

O presidente da instituição, Marcelo Eduardo Lüders, diz que a perspectiva de preço para a próxima safra, que está em plantio, não é animadora. Embora o preço possa cair um pouco, a diferença não seria significativa. “A previsão para regularizar o abastecimento é só em fevereiro de 2017, isso se as condições climáticas colaborarem”, explica Lüders.

De quem é a culpa?

Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia e do Alto Solimões, o assessor técnico de Cereais, Fibras e Oleoginosas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Alan Malinski, defende que a principal causa da elevação do preço do feijão é climática. “O Brasil produz em média de 3,3 a 3,5 milhões de toneladas de feijão por ano, das quais consumimos 3,3 milhões. Ou seja, trabalhamos muito próximo ao limite, sobrando muito pouco. Em anos normais, a produção abastece o mercado interno”, diz Malinski.

Como basicamente o que é produzido no país é consumido por aqui mesmo, o assessor diz, ainda, que isso impede o Brasil de exportar essa commoditie. Na avaliação do assessor: “Talvez a gente registre a pior safra da história recente, mesmo considerando que as situações de produção no passado eram outras”.

Outros fatores que fizeram o preço do feijão aumentar, além da redução da oferta do produto em relação à sua demanda, o valor mínimo da leguminosa não foi reajustado no ano passado, enquanto os valores da soja e do milho ficaram mais competitivos. Acrescente-se, também, a interferência do El Niño, responsável por atingir regiões produtoras importantes do feijão. Minhas Gerais e Bahia sofreram demasiadamente com a seca e o Paraná foi afetado pelo excesso de chuvas.

Os maiores produtores de feijão do Brasil são, respectivamente, os estados de Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia.

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Fonte: ebc




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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