Óleos essenciais e depressão. Benefícios e dicas práticas


Os conhecimentos sobre óleos essenciais são uma parte da medicina popular, atualmente conhecida como aromaterapia, de conhecimento muito antigo. Alguns óleos são especialmente eficazes no tratamento de angústia, ansiedade, tristeza, falta de ânimo, sintomas esses normalmente associados aos processos da depressão.

O aroma funcionará como um gatilho ao qual o cérebro responderá positivamente, saindo do ciclo vicioso que deprime o organismo. Quer dizer que, se você está triste e aspira o aroma da bergamota, por exemplo, o seu cérebro receberá algo como uma injeção de alegria, entenderá que “estar alegre é uma benção” e a sua tristeza irá embora quase que sem você se dar por ela.

Isso acontece porque os aromas atuam, diretamente através do nosso olfato, no sistema límbico. É o sistema límbico que avalia, para nós, o que sentimos e que busca, no nosso subconsciente, a resposta emocional mais adequada – sim, está diretamente ligado ao nosso olfato e, é por isso que a aromaterapia funciona.

No entanto, apesar destes conhecimentos serem tão antigos ainda há poucos estudos que comprovem, ou expliquem, a ação evidente dos óleos aromáticos na mudança do estado emocional dos seres humanos. Será interessante, creio eu, a leitura deste trabalho de Kathi Keville sobre a aromaterapia através dos séculos e, dos estudos (no item a seguir) que selecionei para fundamentar este artigo.

Estudos sobre os efeitos dos ÓLEOS ESSENCIAIS: O QUE SÃO E AS DOSES JUSTAS PARA UMA ÓTIMA UTILIZAÇÃO nos tratamentos de depressão e sintomas afins

Os 4 óleos mais indicados para tratar a depressão e estados correlatos, em busca de um maior “relaxamento, na diminuição de stress e até que atuem em situações de ansiedade e depressão (…): alfazema (Lavandula angustifolia), bergamota (Citrus bergamia), camomila-romana (Chamaemelum nobile), jasmim (Jasminum officinalis) e erva-príncipe (Cymbopogon citratus)“.

Publicações científicas na NCBI – bergamota, massagem com óleos aromáticos, jasmim, rosa, lavanda

Um bom livro é este, da Joanna Hoare, “Guia Completo De Aromaterapia“, que explica o uso clínico da aromaterapia em linguagem acessível e de forma completa.

E este, uma monografia disponível on-line aqui para download, “A aromaterapia científica na visão psiconeuroendrocrinoimunológica: um panorama atual da aromaterapia clínica e científica no mundo e da psiconeuroendocrinoimunologia” de Cassandra Santantonio de Lyra. O trabalho de Cassandra nos elucida sobre como os aromas atuam, no nosso organismo, em cada um dos setores mencionados.

Quais aromas são benéficos nos sintomas da depressão?

aromaterapia

Os aromas mais usados para tratar estados de depressão, angústia, ansiedade, estresse e toda a sintomatologia que acompanha esses estados de desequilíbrio energético e emocional são lavanda, alecrim, camomila, ilangue-ilangue, sálvia, sândalo, jasmim, rosa, capim santo (capim-limão), cidrão (lucia-lima), gerânio, melissa e olíbano. Sobre esse óleos tenho experiência de uso mas, reconheço que não são os únicos já que, cada pessoa é todo um universo e, para alguns, o efeito de um aroma pode ter um efeito mais benéfico do que para outros.

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Alguns estudos apontam os óleos essenciais de lavanda, bergamota, jasmim e o óleos essenciais de gerânio como sendo os principais, na aromaterapia, para estes tratamentos. Eu incluiria nesta lista também o capim-limão, a verbena e o olíbano. Sobre este último recomendo a leitura do trabalho de Celia Watanabe, uma experiência pessoal muito bem fundamentada.

Porém, aromas benéficos existem muitos mais, basta rever algumas das ofertas da aromaterapia como a da Terra Flor com as indicações dos aromas adequados para estes estados emocionais e, consequentemente, suas resultantes físicas:

Animadores

Ajowan, alecrim, anis-estrelado, café torrado, junípero, limão-siciliano, mandarina, noz-moscada, tangerina e tomilho-branco.

Ansiolíticos

Gerânio, gerânio-roseum, hortelã-levante, lima-mexicana, manjericão, may chang, patchouli, turmérico, verbena Índia, vetiver e ylang-ylang.

Antidepressivos

Alecrim, bálsamo do Peru, benjoim, bergamota, breu branco, cálamo, gerânio, gerânio-roseum, laranja-doce, lima-mexicana, manjericão-doce, manjerona, may chang, olíbano, petitgrain, sálvia sclarea, tomilho-branco, verbenas e vetiver.

Estimulantes

Ajowan, alecrim, café torrado, cálamo, canela-casca, capim-limão, cardamomo, cravo botão e folha, gengibre, hortelã-pimenta, junípero, limão-siciliano, menta, pimenta-brasileira, pimenta-preta e tomilho-branco.

Insônia

Gerânio, laranja-doce, lavanda-francesa, lavandin, manjerona, may chang, olíbano, petitgrain, sálvia sclarea e vetiver.

Relaxantes

Benjoim, bergamota, breu branco, capim-limão, eucalipto citriodora, gerânio, gerânio roseum, ho wood, laranja-doce, lavanda-francesa, lavandin, manjerona, may chang, palmarosa, petitgrain, sálvia sclarea, olíbano e verbena.

Alguns conselhos quanto ao uso dos óleos essenciais

Os óleos essenciais puros são a essência aromática de flores, madeiras ou raízes, fortemente concentrados – seu uso deve ser parcimonioso pois, do excesso também podem resultar incômodos ou prejuízos para você:

Não use óleos essenciais puros diretamente na pele a não ser que conheça bem sua sensibilidade pois, alguns podem dar uma reação alergênica, outros são fotossensíveis.

Não misture mais do que 3 ou 4 essências complementares (o melhor é não misturar mesmo, a não ser que você já conheça sua reação a cada um dos componentes) pois, o efeitos dos aromáticos no sistema límbico funciona através do sentir o aroma puro ao qual responde seu subconsciente.

Experimente sua reação pessoal, e conheça as variantes desta, para cada óleo que acredita ser benéfico para o seu caso. Lembre-se que as respostas são individuais – há quem se tranquilize com o aroma do café, há quem se exaspere.

Primeiro use os óleos mais conhecidos quanto a seu uso, para a depressão (gerânio, que pode ser misturado a outros, lavanda, jasmim e bergamota). Por serem os universalmente usados têm maior probabilidade de funcionar bem para você também.

Os óleos essenciais podem ser usados de algumas maneiras:

  • aromatizantes de ambiente – incensos, defumadores
  • perfumes,
  • óleos de massagem
  • banhos aromáticos

Não se recomenda o uso interno de qualquer óleo essencial a não ser sob controle estreito de um terapeuta especializado pois, as ações bioquímicas são diferentes das ações olfativo-límbicas.

Use apenas óleos essenciais de procedência natural – evite as sintetizações químicas, os “aromas semelhantes, ou quase iguais, a…” pois, estes contêm, além do aroma, outros componentes que podem ser alergênicos ou mesmo danosos para você.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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