Afinal é melhor parar de beber ou diminuir a quantidade de álcool?


Quem nunca acordou pela manhã de ressaca e jurou para si mesmo que nunca mais iria beber? Mas ainda há quem diga que ressaca se cura bebendo mais.

Claro que excesso etílico não faz nada bem à saúde. Sobretudo, se os excessos costumam ser constantes, e o que deveria ser diversão acaba se tornando um problema. Esse pode ser um primeiro sinal da dependência ao álcool.

Muitas pessoas param totalmente de beber por conta dos problemas que o álcool começa a trazer para as suas vidas. Outras preferem diminuir a ingestão da bebida. Até alguns profissionais da saúde recomendam a diminuição, nos casos em que o paciente tenha condições de beber de forma responsável e de se autocontrolar. Mas, como saber, em cada caso, o que é melhor: parar ou diminuir?

Uma pesquisa responde

Para saber a fundo qual é a melhor atitude a se tomar, pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, investigaram se há diferença entre os dois métodos, de acordo com uma publicação da Superinteressante. Algumas pesquisas anteriores diziam que nenhum é melhor do que o outro e que terapeuta e paciente devem juntos desenvolver a melhor estratégia.

A pesquisa acompanhou, pelo período de dois anos e meio, 201 pacientes dependentes de álcool. Durante o estudo, os pacientes relataram se queriam parar de beber ou apenas reduzir o consumo de álcool. 88% deles não beberam absolutamente uma gota de álcool durante todo o período, ao se proporem a abstinência total.

Já entre aqueles que tentaram diminuir o consumo de bebidas até um nível de baixo riso, apenas 54% obtiveram sucesso em seu objetivo.

A pesquisa identificou, ainda, um terceiro caso: havia pessoas que não sabiam qual método seguir, mas reconheciam a necessidade de ajuda. As que buscaram ajuda em um grupo de abstinência tiveram mais êxito. 8 entre 10 pacientes conseguiram abandonar o vício do álcool, parando totalmente ou diminuindo a ingestão. Já os pacientes que buscaram ajuda em tratamentos de redução de consumo não conseguiram nem parar, nem diminuir. Em 57% dos casos, eles continuaram a beber demasiadamente.

Diminuir ou parar? Eis a questão!

A pesquisa não concluiu que a redução de álcool é ineficaz, mas pode não funcionar para algumas pessoas. O que o resultado sugere é que, na maior parte dos casos, é mais fácil manter o controle parando totalmente de beber.

De qualquer modo, fica o alerta para o caso de você estar exagerando no consumo de álcool ou alguém próximo. Existem muitos tratamentos e grupos de ajuda disponíveis para quem enfrenta o problema.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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