Coronavírus: além de reinfectar, a variante brasileira é mais contagiosa


A nova do coronavírus é que a variante brasileira é provavelmente mais contagiosa além de causar reinfecção. É o que sugere um estudo brasileiro feito com o apoio da FAPESP.

Pesquisadores brasileiros acreditam que a nova linhagem, conhecida como P.1. ou popularmente chamada de “variante de Manaus” seja entre 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível que as variantes anteriores.

A variante brasileira, que provavelmente surgiu na capital amazonense, além de mais transmissível, seria capaz de driblar o sistema imunológico de quem já foi infectado pelo SARS-CoV-2, o coronavírus que causa a Covid-19, e causar uma nova infecção em aproximadamente 25% e 61% dos casos analisados.

Os dados foram obtidos através de análise genômica de 184 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes diagnosticados com Covid-19, em um laboratório de Manaus entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, cruzando dados genômicos e de mortalidade, em modelagem matemática.

“Esses números são uma aproximação, pois se trata de um modelo. De qualquer modo, a mensagem que os dados passam é: mesmo quem já teve Covid-19 precisa continuar se precavendo. A nova cepa é mais transmissível e pode infectar até mesmo quem já tem anticorpos contra o novo coronavírus. Foi isso que aconteceu em Manaus. A maior parte da população já tinha imunidade e mesmo assim houve uma grande epidemia”,

disse à Agência FAPESP Ester Sabino, médica, doutora em imunologia, professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina da USP, coordenadora desta pesquisa.

Embora os pesquisadores não tenham certeza se o aumento dos casos observados em Manaus, possa ser devido a um mero fator epidemiológico, ou seja, por um comportamento natural do vírus, tudo indica que, de fato, a P.1. seria sim capaz de se replicar melhor no organismo humano do que a linhagem anterior. Isso explicaria por que a transmissão da nova cepa é mais rápida.

Leia AQUI a publicação completa na revista da FAPESP.

Enquanto essa pandemia parece não ter fim, vamos tentar seguindo nossas vidas cuidando da nossa imunidade e também a do planeta. Façamos uso adequado das máscaras e repensemos o consumo de carne.

As pandemias estão aí porque está tudo desequilibrado. E são os próprios cientistas que dizem isso.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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