Aplicativo ajuda a salvar animais de atropelamentos


Quantas vezes, ao saírmos de férias e pegarmos a estrada, já não vimos um animal atropelado? Em época de férias, os animais silvestres correm ainda mais riscos, devido ao aumento do número de carros nas estradas. O Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) informa que 475 milhões de animais silvestres são atropelados nas rodovias brasileiras, anualmente.

Esse número alarmante é provocado em grande parte por atropelamentos. 90% (427 milhões) dos animais de pequeno porte (sapos, cobras, ratos e aves) são vítimas de atropelamento. Em seguida, estão os de animais de médio porte (9%) (macacos, gaviões, gambás e lebres) e as espécies de maior porte (tamanduás, capivaras, lobos-guará, felinos e antas) correspondem a 1% do total, o que representa 4,7 milhões de indivíduos atropelados.

Reação em cadeia

Além do número de mortes ser muito grande, ela representa um problema para a cadeia alimentar, segundo explica Emerson Antônio de Oliveira, coordenador de Ciência e Informação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. “Quando muitos animais são mortos, como no caso dos atropelamentos, uma reação em cadeia acontece. A diminuição de indivíduos e a extinção de uma espécie causam um desequilíbrio ecológico, afetando diretamente o ser humano, como por exemplo, proliferação de pragas e o deslocamento de predadores para centros urbanos em busca de alimentos”.

Os motoristas devem ser conscientes da necessidade e importância de diminuírem a velocidade quando passam em rodovias onde há animais silvestres, sobretudo, aquelas que ficam próximas a unidades de conservação, para evitarem acidentes.

Vamos ajudar os animais?

O Programa Sistema Urubu – Rede Social de Conservação da Biodiversidade, com apoio da Fundação Grupo Boticário – desenvolveu um aplicativo para smartphones para auxiliar o monitoramento de atropelamentos de animais silvestres. O app “Urubu Mobile”, que já foi baixado por mais de 19 mil usuários, auxilia na coleta de dados para monitorar atropelamentos. Ele funciona da seguinte forma: motoristas e passageiros que virem algum animal selvagem na pista podem enviar a foto do atropelamento pelo aplicativo.

Pesquisadores e especialistas avaliam as informações, identificam as espécies e complementam as estatísticas do sistema. Com esses dados, é possível saber onde ocorrem os acidentes e discutir medidas com os governos e concessionárias das rodovias para que eles diminuam.

Baixe o aplicativo acessando o site do Sistema Urubu, que é compatível com os sistemas Android e IOS. Clique aqui para entrar.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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