Em 2019, crise climática já provocou um êxodo duas vezes maior que as guerras


Governos do mundo inteiro e órgãos internacionais veem-se diante da necessidade de dar respostas a um dos problemas mais graves da atualidade: o êxodo de milhões de pessoas em busca de melhores condições de vida. E, como divulgado pelo jornal britânico Independent, a questão ambiental é peça-chave nessa equação.

Só na primeira metade de 2019, o número de pessoas desabrigadas devido a desastres ambientais representou quase o dobro daquelas que precisaram deixar seus lares para fugir de conflitos.

O ano ainda nem terminou, mas, até agora, 7 milhões precisaram se deslocar por causa de desastres naturais. De acordo com o novo relatório do Internal Displacement Monitoring Centre, o IDMC, órgão internacional voltado para a produção e divulgação de dados e análises sobre o assunto, os deslocamentos em razão de eventos climáticos extremos estão se tornando a regra.

As projeções do IDMC para os próximos meses são ainda mais desanimadoras. O órgão – que trabalha a partir de dados produzidos por governos, agências da ONU e informações divulgadas na grande imprensa – estima que, até o fim do ano, esse número pode triplicar, chegando a 22 milhões, fazendo de 2019 o pior ano de que se tem registo.

Em comunicado à imprensa, Alexandra Bilak, diretora do IDMC, declarou:

“A comunidade internacional não pode continuar ignorando as pessoas desabrigadas internamente. Precisamos apoiar os governos nacionais em seus esforços para proteger e ajudar os deslocados internos, construir a paz e investir no desenvolvimento sustentável e na adaptação às mudanças climáticas. Somente então seremos capazes de reduzir a agitação, o trauma e o empobrecimento que muitos milhões de pessoas sofrem a cada ano e reverter as tendências estabelecidas neste relatório.”

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Gisele Maia

Jornalista e mestre em Ciência da Religião. Tem 18 anos de experiência em produção de conteúdo multimídia. Coordenou diversos projetos de Educação, Meio Ambiente e Divulgação Científica.


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