Microplásticos em esfoliantes e pastas de dentes ameaçam o meio ambiente


Todos os anos grandes quantidades de detritos de plástico entram no oceano, onde lentamente se fragmenta e acumula em zonas de convergência. Os cientistas estão preocupados com os possíveis impactos de pequenos plásticos e fragmentos de microplásticos no ambiente, provenientes de cosméticos e outros produtos industrializados.

O papel de plásticos como um vetor para o transporte de produtos químicos e espécies no oceano é ainda pouco compreendido, mas é uma ameaça potencial para os ecossistemas e a saúde humana. A melhor gestão dos resíduos é a chave para a prevenção de plástico e outros tipos de lixo que, entram todos os dias no oceano.

Para se ter uma ideia, usar um esfoliante, não é só um hábito praticado por pessoas no mundo inteiro, inofensivo como muita gente pensa. Pelo ralo do banheiro de bilhões de seres humanos do planeta, as impurezas se juntam aos plásticos microscópicos, presentes em quase todos os esfoliantes e que poluem ecossistemas marítimos inteiros

Os microplásticos são partículas fáceis de produzir, e, claro, por conta desta facilidade, a indústria o utiliza para substituir algumas substâncias naturais e dar certas propriedades aos produtos. O que faz com que a maioria das pessoas não perceba o lixo que está jogando nos oceanos quando realizam simples atos de estética ou de higiene pessoal, como esfoliar o rosto e até mesmo escovar os dentes, pois pastas de dente com microesferas, e outros produtos industrializados, levam microplásticos em suas composições. 

Por serem muito pequenos, de até cinco milímetros de diâmetro, estes plásticos microscópicos passam pelas redes de tratamento das estações de purificação do esgoto, e vão parar direto nos mares. Até não haveria problema se não fôssemos uma espécie com mais de sete bilhões de pessoas, cuja maioria, entre outras coisas, costumam escovar os dentes diariamente, lavar roupas (microplásticos também estão presentes em fibras sintéticas) e se esfoliarem ou usar produtos cosméticos que contenham estes plásticos

O acúmulo pode ser extremamente prejudicial à saúde dos oceanos, pois o plástico é um material de lenta decomposição e, uma vez no fundo do oceano, longe da luz solar e da radiação ultravioleta, que acelera seu processo de desintegração, a “vida” destes plásticos pode se prolongar por muito mais anos a fio.

Segundo dados da ONU e seu Programa para o Meio Ambiente, os resíduos plásticos lançados ao mar causam uma perda de 13 bilhões de dólares por ano para o entorno marinho, devido que gera a atividade pesqueira, algo muito sentido pelos países da Ásia, por exemplo, que sofrem com as manchas cada vez maiores de microplástico que se propagam pelos mares.

O estudo não diz que as pessoas devam descartar completamente os cosméticos para solucionar o problema, mas avalia que seria fundamental ter um controle maior destes materiais para preservar as águas do mundo.

Em vez de esfoliantes industriais, que tal usar açúcar, bicarbonato de sódio ou sal para fazer de vez em quando uma esfoliação do corpo e do rosto? Que tal preferir tecidos naturais (algodão, seda) em vez dos sintéticos?

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Fonte foto: peticaopublica.com.br




Redação greenMe

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